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Académicos defendem maior divulgação e valorização do património histórico-cultural da lusofonia.

  • Foto do escritor: GICD admin
    GICD admin
  • 3 de ago. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de ago. de 2018


Os académicos dos países de Língua Portuguesa defendem a necessidade de se valorizar e divulgar mais o acervo histórico-cultural de que lusofonia dispõe.


Os especialistas da CPLP querem maior aposta na investigação e consideram que a lusofonia tem uma riqueza imensurável patrimonial que merece a atenção dos investigadores não só comunidade, mas de vários quadrantes no mundo.


Falando à imprensa no final do vigésimo encontro da Associação da Universidades de Língua Portuguesa que decorreu na cidade do Lubango, província da Huíla, de 18 a 20 de Julho, os académicos ressaltaram igualmente do impacto da ascensão de Mbanza Kongo a património da humanidade o que, no ponto de vista deles, deverá suscitar interesse de vários investigadores no mundo.


Já a Professora Doutora Angelina Aguiares Ngundji, da Universidade Katyavala Bwila, salienta que a elevação de Mbanza Kongo a património da humanidade é um marco indelével na História de Angola, na medida em que o património em causa contitui um conjunto de documentos, vestígios do passado que podem ser convertidos em conhecimento histórico, por serem fontes para a construção da História.


A docente defende a necessidade de se disseminar a essencialidade histórico-cultural da região, por, no seu ponto de vista, se tratar da nossa identidade: "As informações daí provenientes estão imbuídas de memórias e significados que, embora individuais, são igualmente colectivas, que demonstra um fenómeno que efectivamente ocorreu e garante uma consciência de continuidade entre o passado, o presente e o futuro", expôs. Por outro lado, a também investigadora assevera que a ascensão de Mbanza Kongo galvaniza o sentimento de pertença, razão por que se afigura importante a sua preservação, pois "assegura a alteridade dos angolanos entre os outros povos", conclui a Professora Doutora.


O professor Gustavo Veloso, da Universidade de São Paulo (Brasil), afirmou que, depois do anúncio da agência das Nações Unidas, pesquisadores de vários segmentos lançaram-se à pesquisa à procura dos argumentos histórico-cultural que ditaram a decisão da UNESCO. 


O académico assinala que está em curso, pelo menos a nível do Brasil, estudos sobre os povos de Angola. Já o professor  Rui Martins, da Universidade de Macau (Moçambique), diz haver necessidade de os investigadores da CPLP estudarem mais o património, por acreditar que haja mais patrimónios que mereçam a também consideração das Nações Unidas nesse quesito: “Espero que haja novas inscrições pela UNESCO”, prognosticou, defendo, por outro lado, mais divulgação e valorização da riqueza patrimonial da CPLP.




O docente José Carlos Gomes, do Politécnico de Leiria (Portugal), evidencia que abre-se a possibilidade, do ponto de vista económico, de ganhar muito com a inscrição de Mbanza Kongo, através da promoção do turismo cultural facto, entretanto, que cria desenvolvimento para o país.


Ainda assim, o académico acredita que tenha outros espaços que podem, à semelhança de Mbanza Kongo, virem a ser considerados PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE, pelo que apela para a necessidade de levar a cabo trabalhos de investigação neste sentido.






Ao falar na cerimónia de encerramento, o presidente da Associação das Universidades de Língua Portuguesa e Reitor da Universidade Mandume Ya Ndemufayo, Prof. Dr. Orlando da Mata, reiterou a necessidade de os especialistas a nível da CPLP concentrarem as suas atenções à investigação para preservação do património histórico-cultural do espaço lusófono.


Segundo sublinhou, “as instituições de ensino superior da CPLP demonstraram, uma vez mais, estarem comprometidas com o desenvolvimento do espaço em que se circunscrevem à comunidade, estudamos e investigamos problemas actuais”, frisou.


Recorde-se que o 28º encontro da Associação das Universidades dos Países de Língua Portuguesa juntou especialistas de Angola, país anfitrião, Moçambique, Brasil, Portugal, Guiné Bissau, Cabo-Verde e Macau.

 
 
 

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